Sessão Comemorativa
– Homenagem à Acadêmica
Zenóbia Vilela Loureiro
Zenóbia Vilela Loureiro
Zenóbia
Vilela Loureiro, filha de Estanislau Loureiro Gomes e de Augusta Vilela
Loureiro, iniciou os estudos elementares no Grupo Escolar Afonso Arinos.
Em 1928,
ainda estudante, ingressou como professora daquele renomado educandário, então
dirigido pela sua tia Olindina Loureiro. Foi aluna da primeira turma da Escola
Normal de Paracatu. Concluiu o Curso Normal em 1930. Em 1932 e 1933, estudou na
Escola de Aperfeiçoamento em Belo Horizonte. Fez diversos cursos de direção de
empresas e de Economia Doméstica em Viçosa e Brasília.
Quando
professora, sempre lecionou para segundas e terceiras séries. Em 1936, assumiu
a direção do Grupo Escolar Afonso Arinos e deixou-a somente em julho de 1958,
ao aposentar-se. De 1963 a 1971, dirigiu a Escola de Economia Doméstica Rural
que era subordinada ao Ministério da Educação, ocasião em que foi extensionista
na escola da Lagoa de Santo Antônio e Santa Rita. Após 1971, passou a auxiliar
o seu irmão Paulo Vilela no estabelecimento comercial da família.
A característica
da homenageada é a sua bondade. Em cada
ser humano via sempre o lado positivo. Seus gestos eram nobres, como os seus
atos. Sua fidalguia estava sempre ao lado da simplicidade, modéstia e
fulgurante inteligência a identificavam.
A sua produção literária revela toda a sensibilidade, delicadeza e força da sua alma. Está presente na glorificação de Paracatu, torrão natal que ela soube engrandecer em prosa, verso e ações. São produções inspiradas da D. Zenóbia: O Flamboyant Floriu, Paracatu, um Passeio no Tempo, O Sobradinho, Janelas de Caixilhos e a obra essencialmente pedagógica “Bitu e Sarapatel”.
A sua produção literária revela toda a sensibilidade, delicadeza e força da sua alma. Está presente na glorificação de Paracatu, torrão natal que ela soube engrandecer em prosa, verso e ações. São produções inspiradas da D. Zenóbia: O Flamboyant Floriu, Paracatu, um Passeio no Tempo, O Sobradinho, Janelas de Caixilhos e a obra essencialmente pedagógica “Bitu e Sarapatel”.
Um
inesgotável senso de solidariedade e amor levou-a a contribuir, por anos a fio,
com o Seminário Diocesano, a Associação dos Deficientes Físicos e o Asilo de
São Vicente. O Posto de Saúde da Bela Vista foi construído pela municipalidade
em terreno doado por ela e pela irmã D. Ana Vilela Loureiro. As pessoas
necessitadas que a procuraram, jamais retornaram com as mãos vazias.
Por seus
méritos literários é membro correspondente da Academia de Letras de Petrópolis.
É membro efetivo, fundador da Academia de Letras do Noroeste de Minas e
ocupante da Cadeira número 29, patrono João Guimarães Rosa.
Nascida em 18 de maio de 1910, respondeu ao chamado do Senhor no dia doze de maio de 1999, deixando-nos o seu iluminado exemplo de trabalho, honestidade, fraternidade e retidão.
Nascida em 18 de maio de 1910, respondeu ao chamado do Senhor no dia doze de maio de 1999, deixando-nos o seu iluminado exemplo de trabalho, honestidade, fraternidade e retidão.
Coube-me
a honra de prestar a devida homenagem da ALMN à inesquecível e imortal
confreira. As minhas humildes palavras não possuem o brilho requerido para
retratar o vasto mundo interior desse vulto de incomparável destaque na vida
cultural de Paracatu. Cabe-me, pois, agradecer a honra que me foi conferida,
por gentileza da Presidente deste Sodalício.
Após o passamento da brilhante escritora, manifestei-me através da crônica “Passeio no Tempo” sobre a riqueza do seu universo cultural e do seu mundo subjetivo. Nessa sessão comemorativa, peço licença aos confrades e aos participantes para, através da leitura deste mesmo artigo, evocar a inspiração o lirismo e a sutileza literária de D. Zenóbia.
Maria
José Gonçalves Santos
27.10.1999
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