sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

POSSE DE MARIA CÉLIA GONÇALVES



Reunidos em cerimonial no dia 6 de dezembro de 2018, os acadêmicos da Academia de Letras do Noroeste de Minas deram posse solene a Maria Célia da Silva Gonçalves, que passou a ocupar a Cadeira N.º 35. patroneada pelo escritor Bernardo Élis Fleury de Campos Curado, sendo seus antecessores Lauro Campos e Pauliran Resende.
Presentes à mesa dos trabalhos de posse, da esquerda para a direita, a Ilma. Superintendente Regional de Ensino, Núbia André, Maria Célia, Helen Pimentel, Presidente da ALNM, e Coraci Neiva Batista, Presidente Honorária da ALNM
A abertura da cerimônia foi feita pela Presidente da ALNM, Helen Ulhoa Pimentel, que assim se dirigiu à recipiendária:

A sua presença no nosso meio é a prova de que o esforço, a luta, os estudos compensam. Simboliza também a presença de múltiplas habilidades, a capacidade de sair da zona de conforto e enfrentar novos desafios. Uma biografia rica como a sua, que mostrarei em seguida, merece ser destacada. 
Sua atuação como produtora de conhecimentos é que a torna digna de ocupar uma cadeira nessa academia, pois é com publicações que nos imortalizamos e imortalizamos os conhecimentos que adquirimos. Como já disse em sessões anteriores, a alcunha de “imortais” que recebemos simboliza exatamente isso. Que deixamos nossas marcas para a posteridade, que seremos lembrados pelo que produzimos, pelo que fizemos, pelo que deixamos cunhado sobre o papel ou nos registros digitais tão comuns hoje em dia.


E concluiu:

Abraçamos um ideal cultural ao assumirmos uma cadeira em uma Academia de Letras. Assumimos a responsabilidade de levar a luz do saber a quantos pudermos alcançar. Desejo sucesso em sua caminhada e muita luz para clarear seus caminhos e os caminhos dos que forem beber em seus conhecimentos. 
Para ler a saudação de Helen, clique AQUI.

No ritual de posse da ALNM, via de regra a apresentação novo confrade/confreira é feita por um dos acadêmicos que não a presidente da entidade. Porém, em vista da data escolhida para a cerimônia, quase todos os sócios estavam impedidos de participar, devido a compromissos de trabalho. 

Sendo assim, foi a própria Presidente Helen Pimentel que fez a apresentação de Maria Célia à Academia, assim se expressando:

Conheci a professora Maria Célia quando fui lecionar na FINOM no ano de 1994. Era uma jovem professora, muito empolgada com tudo o que fazia. E como trabalhava!!!!! Vinha todos os dias de João Pinheiro para cá, trabalhava lá também durante o dia e começava a fazer seus intermináveis estudos.
Na época cursou especialização em História pela Universidade Federal de Minas -UFMG (1998) e ia para BH toda semana. Ia de ônibus, após aula de dia em João Pinheiro e aqui à noite. Me dizia que se deitava no corredor do ônibus e dormia. Lá chegando, estudava o dia todo e voltava.
Seu currículo é bem diversificado, mostrando que ela foi se adaptando às exigências do mercado de trabalho: se graduou em Estudos Sociais (1989) e em História (1991) pela Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM) e em Geografia (2012) pela Faculdade Cidade de João Pinheiro (FCJP); complementou com especialização Supervisão Escolar (1993) pelas Faculdades Integradas de São Gonçalo; Especialização em História do Mundo Moderno e Contemporâneo (1994); Especialização em Psicopedagogia (2000); Fez o mestrado em História pela Universidade de Brasília (2003); e o doutorado em Sociologia também pela Universidade de Brasília (2010); cursou Especialização em Metodologia do Ensino e Tecnologias para a EAD (2008); Especialização em Engenharia e Inovação (2015); partiu para o Pós-Doutorado. O primeiro foi pela Universidade de Évora, Portugal (2017); depois outro pela Universidade Católica de Brasília, UCB/DF, (2018); e ainda realizou um Estágio pós-doutoral na UNIVERSITÀ DEGLI STUDI DEL SANNIO - (Beneveto- Itália) (2018). 
Participou de Curso em Havana (Cuba) e de Congressos Internacionais no Chile, Bogotá na Colômbia, Salamanca na Espanha, Nápoles e Pádova na Itália, emocionando-se ao percorrer os espaços acadêmicos onde estudou e lecionou Galileu Galilei. Participou de diversos Congressos Nacionais em Universidades Brasileiras, entre elas, UnB, UFMG, UFG, UFPI, UFBA, UNICAMP, USP, UFRJ, UFF
Atua como professora de História do Direito, Sociologia e Metodologia Científica Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM). É coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica e Professora de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) nos cursos de Pedagogia, Administração da Faculdade Cidade de João Pinheiro (FCJP). Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de João Pinheiro (MG). Atualmente é pesquisadora do Comunidade Escolar: Encontros e Diálogos Educativos - CEEDE, do Programa de Pós- Graduação em Educação da UCB; e Investigadora visitante no CIDEHUS - Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora em Portugal. Tem experiência na área de História e Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: artes-folia- festas- cultura popular-performance- identidade e memória. Suas linhas de pesquisa são: História cultural, sociologia da cultura e vulnerabilidade social em saúde.
É membro do corpo editorial de diversas revistas; recebeu diversos prêmios e títulos; é autora de 40 artigos publicados em revistas; de 6 livros publicados ou organizados; 17 capítulos de livros; 45 artigos em jornais; 16 artigos publicados em anais de congressos. Foi editora de 16 periódicos, orientou inumeráveis alunos na graduação, especialização, mestrado e doutorado e participou também de inúmeras bancas de conclusões de cursos.
Nossa aventura na pesquisa teve início com um projeto meu, apresentado ao então prefeito de Paracatu, Almir Paraca, que queria lançar um livro de história de Paracatu para comemorar o aniversário de 200 anos de Paracatu. Minha proposta foi de não ficar apenas na publicação de um livro comemorativo, mas de criar condições para que a história de Paracatu fosse preservada. Para isso era necessário organizar o arquivo histórico, que havia sido criado, mas que não oferecia condição de acesso aos documentos por não ter um inventário que propiciasse saber que documentação existia ali. Era importante também registrar memórias dos idosos que se perderiam se não fossem recolhidas e colocadas à disposição dos pesquisadores; e era também importante formar novos pesquisadores que pudessem escrever sobre nossa história.
A Prefeitura e a Finom abraçaram a ideia e realizamos o Projeto Paracatu 200 anos que resultou na publicação de um livro intitulado “Uma cidade Muitas histórias”, com 6 capítulos, cada um de um desses aprendizes de pesquisadores, orientados por duas doutoras em História: Rosana Ulhôa Botelho e Eleonora Zicari de Brito. A Maria Célia contribuiu com o artigo denominado “A opulência das irmandades e o culto à morte na Paracatu setecentista”. O Marcos Spagnuolo e a Help, hoje também acadêmicos participaram desse projeto. Foram publicados também um “Guia do Arquivo Público”, contendo o inventário que fizemos da documentação do século XVIII, que enobrece o acervo do nosso importante Arquivo Municipal; e um “Catálogo de História Oral”, com resumos das entrevistas concedidas por alguns dos moradores mais velhos de Paracatu aos pesquisadores.
Essa primeira pesquisa da professora Célia abriu seus horizontes para novos estudos. Ela buscou lá no século XVIII informações para subsidiar sua dissertação de mestrado que versou sobre as Irmandades Leigas da Paracatu Setecentista.
Conhecendo a força dessa mulher, queria também conhecer um pouco da sua intimidade. Solicitei a outra nova acadêmica, Giselda, que é amiga de longas datas da nossa personagem principal de hoje que me enviasse um pouco mais sobre a personalidade dela e é baseada nessas informações que continuo.
Ela inicia afirmando a relevância do ingresso nessa academia de letras, da Maria Célia, historiadora, mineira do interior, que conseguiu alçar voos que nunca antes tinha imaginado alçar, que construiu condição de conhecer lugares distantes qe nem sonhara conhecer, que construiu uma carreira profissional com muito esforço e dedicação.
Ela realça que Maria Célia é uma fonte de ideias interessantes, mulher incansável e de caráter grandioso e diz que ela foi-se fazendo assim... Aproveitando todas as oportunidades de crescimento e sempre se dispondo a conhecer cada vez mais.
Sobre a família da qual é originária, afirma ser simples e humilde, com pais de pequena experiência no mundo das letras, que, no entanto, souberam fazer dela uma grande pessoa.
Viveu sua infância no município de são Gonçalo do Abaeté, onde ajudava os pais na lida cotidiana. Sua principal diversão era a leitura. Seus pais se mudaram para a “cidade” visando proporcionar às filhas a oportunidade de estudar. Estudou em São Gonçalo a Educação Básica.
Sua mãe foi grande incentivadora da prática da leitura que se iniciou quando ela era ainda muito jovem e que foi fundamental para despertar e fortalecer o gosto pela pesquisa e escrita. Leu clássicos infantis, obras de literatura brasileira, Filosofia e Sociologia, sendo frequentadora assídua da Biblioteca, paixão que ainda permanece, estendendo-se aos Arquivos documentais e à leitura de manuscritos.
Seus autores prediletos, pelos quais é apaixonada, são Fernando Pessoa e Pablo Neruda, de tal modo que chorou de emoção ao adentrar e percorrer os cômodos da casa barco deste último em Santiago por ocasião do Congresso “ALAS” na Universidade do Chile.
Na juventude, mudou-se para João Pinheiro e casou-se com Delfim, com quem teve dois filhos, Bárbara Donária e Leonardo Henrique, joias preciosas em sua vida.
Artesã cuja matéria prima são letras e palavras tornou-se grande incentivadora da produção acadêmico-científica no Noroeste de Minas sendo a editora responsável pelas “Revista Altus Ciência” e Humanidades e Tecnologia.
A carreira profissional de Maria Célia, sua criatividade ao lidar com a palavra escrita, dirigida ao público acadêmico e à população em geral, situam-na em lugar privilegiado. Em 2011 e 2012 lançou o livro da história das folias de reis de João Pinheiro e o livro “Histórias e Memórias: Experiências compartilhadas em João Pinheiro. Publicou diversos capítulos de livros, artigos em periódicos, revistas nacionais e internacionais e em Anais de Congressos onde faz apresentações orais.
Atuou na Educação Básica do Estado de Minas por 17 anos e na Secretaria Municipal de Educação por mais de uma década. No ensino Superior atua desde 1995, iniciando sua carreira na docência no Ensino Superior no Curso de História da FINOM, e com o tempo na Faculdade Cidade de João Pinheiro. Atuou na Coordenação de Curso além de sua função de professora, sendo o ato de ensinar sua grande paixão.
No âmbito de pesquisa é exemplo para muitos docentes e discentes no trabalho incansável da pesquisa. Atualmente é pesquisadora integrante do grupo de pesquisa “Comunidade Escolar: Encontros e Diálogos Educativos – CEEDE”, do Programa de Pós- Graduação em Educação da UCB. Investigadora visitante no CIDEHUS - Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora em Portugal. Tem participado ativamente na organização de livros, é membro da Comissão organizadora do CONNIC, líder de grupo de pesquisa sobre gênero. Orientadora de trabalhos de graduação, pós-graduação, participou de Bancas de Defesa de Mestrado e Doutorado na UFES, UFJF.
Adotou Paracatu e João Pinheiro como locais de vivência, tendo sido homenageada com o título de Cidadã honorária em João Pinheiro.
Presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural de João Pinheiro e do Conselho Gestor da Casa da Cultura, contribuindo como voluntária para divulgação do Patrimônio histórico cultural do Noroeste, pois, entende a cultura como elemento essencial na formação da identidade.
É oportuno ainda lembrar que mesmo com um currículo significativo, mantém a humildade intelectual e o desejo constante pelo conhecimento. Sempre se coloca “no lugar do outro” estando sempre disposta a ajudar a quem quer que a procure.
Apesar de estar puxando a brasa para a minha sardinha também, gostaria de encerrar dizendo que o trabalho do historiador busca nos ajudar a entender um pouco melhor a sociedade em que vivemos, seja reportando ao passado, seja saindo do trivial que é também superficial, para penetrar nas entranhas da nossa formação como indivíduos ou grupos sociais.
Ninguém é impermeável às mazelas da sociedade em que vive e na qual se forma, mas como seres pensantes não podemos nos manter cativos dos grilhões que tentam nos fazer repetir indefinidamente atitudes que nos foram ensinadas. As tradições devem ser respeitadas, mas também devem ser adaptadas, reescritas, reinventadas e transformadas, de acordo com a nova consciência que surge em nós a cada aprendizagem, a cada reflexão. Não estudamos em vão, ou pelo menos não devemos nos manter impermeáveis às reflexões que fazemos por meio de leituras feitas em profundidade.
A ideia de respeito à diversidade, seja ela étnica, de gênero, de religião, de nacionalidade ou outra qualquer é fruto do nosso amadurecimento como sociedade, de reflexões e de muito sofrimento. A sociedade de hoje não pode admitir a segregação racial, a hierarquização social que caracterizou esse período da história onde as irmandades que a Célia estudou floresceram, por isso precisamos encontrar formas de superar algumas dessas raízes que privilegia alguns e marginaliza outros..

O discurso de posse de Maria Célia foi marcado por expressões de gratidão à família, aos amigos, aos lugares de sua caminhada profissional, às instituições onde estudou ou trabalhou, aos novos amigos na ALNM e várias outras pessoas que marcaram sua existência.

Para ler o discurso de posse de Maria Célia, clique AQUI.

Cumprindo o ritual de posse, Maria Célia homenageou o Patrono da Cadeira 35, Bernardo Élis, e o seu ocupante anterior, Pauliran Resende.

Para ler a homenagem a Bernardo Élis, clique AQUI.
Para ler a homenagem a Pauliran Resende, clique AQUI.

Perante a Presidene da ALNM, Maria Célia assina o termo de posse da Cadeira 35.

O acadêmico José Ivan Lopes, diretor FINOM, ao lado de Maria Célia.

O acadêmico Dom Leonardo, ex-bispo de Paracatu, ao lado de Maria Célia.
Maria Célia entre sua irmã Aparecida (esq.) e Maria Angela Cardoso, diretora da Faculdade Tecsoma (dir.)

Ao lado de Maria Célia, seu filho Leonardo.
Maria Célia entre seus confrades acadêmicos, colegas de trabalho na FINOM, Vandeir e Giselda.

domingo, 21 de outubro de 2018

ISAÍAS TOMA POSSE NA ACADEMIA

Na noite de 19 de outubro, a  Academia de Letras do Noroeste de Minas promoveu a posse de Isaías Nery Ferreira na Cadeira  27, que tem como Patrono Monteiro Lobato. Esta Cadeira foi antes ocupada pela escritora Leila Bijos, que atualmente desenvolve trabalho na Áustria.

Estiveram presentes ao evento, além de familiares e amigos de Isaías, os acadêmicos Helen Ulhoa Pimentel, Coraci da Silva Neiva Batista, Benedita Costa, Maria Teresa Cambronio, Eleusa Spagnuolo Souza, Marcos Spagnuolo Souza e Márcio José dos Santos.

O Cerimonial do evento foi conduzido por Eleusa Spagnuolo de Souza, que compôs a Mesa e leu uma pequena biografia do recipiendário, ressaltando os seus títulos acadêmicos e atuações como professor 

Para fazer a leitura do Cerimonial, clique AQUI.

Parte do público presente à solenidade, destacando-se em primeiro plano a enfermeira Evanir, colega de muitos anos de Isaías, na saúde pública de Paracatu.

Na mesa estavam presentes, além de representantes da Casa e de Isaías, a Superintendente Regional de Ensino Núbia André. Após a execução do Hino a Paracatu, deu-se início aos pronunciamentos, primeiramente pela voz de Helen Ulhoa Pimentel, Presidente da ALNM. Acesse o seu discurso clicando AQUI.

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Em seguida, o acadêmico Márcio José dos Santos fez a saudação a Isaías, em nome da Academia. Sua saudação mostrou aos presentes que a vida de Isaías "como cidadão, enfermeiro e professor tem o mérito que lhe granjeia as admirações e as considerações que norteiam o merecimento de ocupar a Cadeira 27, patroneada por Monteiro Lobato".

Para acessar a Saudação a Isaías, clique AQUI.
Isaías discursa perante aos acadêmicos e convidados.
Em seu discurso de posse, Isaías agradeceu às pessoas que o apoiaram em seu ingresso na Academia e homenageou a ocupante anterior da Cadeira 27 e o Patrono Monteiro Lobato, de quem fez uma acurada biografia. Concluiu dizendo que "Lobato, como qualquer um de nós, era homem do seu tempo e com suas singularidades, ambivalências e contradições, vivendo em uma sociedade saída da escravidão e eivada de preconceitos conforme analisou Gilberto Freire.

Para ler o discurso de Isaías, clique AQUI.

A Presidente de Honra da ALNM faz a entrega do diploma de membro da Academia a Isaías Nery Ferreira.

Ao final, o filho de Isaías, médico recém-formado Iuri, leu uma carta de sua irmã Iasmim, que não pode comparecer à cerimônia. Encerrando-se o evento, os presentes ali permaneceram para os abraços e um coquetel de congraçamento.

Isaías ao lado de sua esposa Iris Leda e seu filho Iuri.


quinta-feira, 11 de outubro de 2018

POSSE DE ELEUSA SPAGNUOLO SOUZA

Em cerimônia carregada de emoções, na noite de 28 de setembro de 2018, Eleusa Spagnuolo Souza tomou posse da Cadeira 26 da Academia de Letras do Noroeste de Minas. Na ocasião, Eleusa discursou em homenagem ao Patrono da Cadeira 26, o escritor Mário Palmério, cujo ocupante anterior foi Marciano Borges de Melo.
O cerimonial foi conduzido por Tarzan Leão, tendo ao lado Marcos e Eleusa Spagnuolo. Do centro para a direita estão Helen Pimentel e Benedita Costa, respectivamente presidente e secretária da Academia, e Núbia André, Superintendente Regional de Ensino.
Antes de seu discurso de posse, Eleusa foi saudada por Marcos Spagnuolo Souza, seu esposo, membro da ALNM, que ressaltou o caráter meritório da homenageada, afirmando que "Cada degrau conquistado foi alicerçado na sua própria capacidade".

Para ler o discurso de saudação de Marcos Spagnuolo, clique AQUI.

No discurso de homenagem a Mário Palmério, Eleusa traçou sua biografia, desde o nascimento em Monte Carmelo até o seu falecimento em Uberaba, onde transcorreu grande parte de sua vida. Suas qualidade como escritor são bem conhecidas, mas poucos sabem de sua dedicação à educação, como professor e criador de escolas, e raros são aqueles que sabem de suas produções musicais. Segundo Eleusa, "Mário Palmério ao longo de sua vida escreveu livros, construiu uma grande universidade de excelente qualidade até os dias de hoje e criou o magnífico hospital de referência nacional. Suas canções românticas refletem sua personalidade de boêmio e acima de tudo um exemplo de dedicação e trabalho".
Eleusa durante o seu discurso de posse na Acdemia.
Leia o discurso de Eleusa em homenagem a Mário Palmério, clicando AQUI.



terça-feira, 18 de setembro de 2018

CENTENÁRIO DE MARIA TORRES GONÇALVES

Maria Torres Gonçalves é a principal historiadora de Unaí, onde nasceu em 1917, quando ali se chamava distrito de Rio Preto. Formou-se normalista em Paracatu e exerceu o magistério em sua cidade natal, deixando um precioso legado educacional. Foi sócia fundadora da ALNM - Academia de Letras do Noroeste de Minas, onde ocupou a Cadeira 3, patroneada por Agenor Torres.

Como parte das comemorações do seu centenário de nascimento, foi reeditado seu principal livro - Saga: Hunay de Hontem e Unaí de Hoje - e lançado um livro biográfico de história infantil - Maria das Torres, escrito por sua filha, também sócia fundadora da ALNM, Maria José Gonçalves Santos (Zequinha), resultado de um trabalho desenvolvido com crianças e adolescentes de escolas públicas de Unaí, coordenado pela contadora de histórias Cleusa F. de Oliveira.

Aprecie, caro leitor, o livro Maria das Torres. Clique AQUI.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

NOITE DE AUTÓGRAFOS DE CORACI


Cheguei cedo à Academia de Letras para me colocar à disposição caso houvesse alguma necessidade de ajuda, mas as “meninas”, como são carinhosamente chamadas as secretárias Lucilaine e Keli, já tinham tomado todas as providências para que a noite de autógrafos de Coraci da Silva Neiva Batista transcorresse no ambiente organizado e agradável a que já nos acostumamos. Noite de 15 de junho, os primeiros convidados estavam chegando e, junto com eles, Coraci apareceu de mansinho, lindamente vestida e rosto radiante, para lançar Reminiscências, seu terceiro livro.

Parte do público presente à Noite de Autógrafos de Coraci Neiva Batista
Florival Ferreira, com sua habitual verve, guiou a cerimônia, lembrando que “Coraci é uma menina danada e espevitada! Já passou dos oitenta, mas, danada como ela só, engata marcha mais leve, abre marotos, joviais e coloridos sorrisos ao ultrapassar barreiras de convenção e tempo e seguir adiante, sempre para frente, sempre para frente”.

O acadêmico Florival convida os participantes para o acompanhamento do Hino à Paracatu, tendo ao lado a enfermeira Margarida Brant, Helen Pimentel, Coraci Neiva Batista, Núbia André (Superintendente de Ensino) e Benedita Costa.
A Academia tinha preparado uma surpresa, mas alguém desavisado soprara no ouvido de Coraci que o Coral Stela Maris faria uma apresentação musical. Estragou-se apenas a surpresa, mas não o encantamento com a maravilhosa performance do coral, que cantou com emoção músicas que nos seduzem a alma. Esse “toque de magia” ficou estampado no semblante alegre de todos nós!

Apresentação do Coral Stela Maris.
Falando em nome da Academia de Letras, a presidente Helen Pimentel expressou sua admiração por Coraci, dizendo que ela e as mulheres retratadas no seu livro “construíram suas histórias e as de suas famílias com firmeza e destemor, trilhando caminhos próprios, construindo trajetórias reconhecidamente importantes”.

A Presidente da Academia de Letras durante seu pronunciamento.
Para ver a saudação de Helen a Coraci, clique AQUI.

A saudação feita a Coraci pela acadêmica Maria José Gonçalves – Zequinha foi em tom muito caloroso, dada à longa amizade e convivência, quando dirigiram a Academia: “Minha querida Cora, você é a companheira de todas as horas, a artista arteira com olhos de menina esperta e engraçada...”. Zequinha acabara de perder um irmão, mas o luto não a impediu de reafirmar o seu apreço em momento tão festivo da sua amiga.

Zequinha saudou sua amiga Coraci com um emocionante discurso.
Para ver a saudação de Zequinha a Coraci, clique AQUI.

Em seu agradecimento ao público, Coraci destacou os bons sentimentos e a importância dos registros da memória de uma cidade em acelerada transformação, para que o amor preserve aquilo que tem valor em nossas vidas.
Com improvisação bem humorada, a professora e atriz Ruth Brochado trouxe para o público um pequeno trecho do livro Reminiscências, de Coraci Neiva Batista.
A Superintendente de Ensino Núbia André evocou os anos em que foi aluna de Coraci, destacando o seu papel de educadora.
Da direita para a esquerda, os filhos de Coraci: Julieta, Josino, Giovani e Márcio.
A velha casa da Rua do Ávila, doada pela poeta paracatuense Zenóbia Vilela Loureiro para ser sede da Academia de Letras, mais uma vez rejubilou-se com o burburinho alegre de uma noite festiva, os abraços trocados por amigos que não se viam, os causos jocosos desta Paracatu que teima em preservar suas Reminiscências, contados à boca pequena mas solenizados em ruidosas gargalhadas, alguns imortalizados nos relatos de Coraci, Enfim, uma noite memorável!



sábado, 16 de junho de 2018

SAUDAÇÃO DE HELEN A CORACI

Helen Ulhoa Pimentel

Boa noite a todos, sejam muito bem-vindos à Academia de Letras do Noroeste de Minas nessa memorável noite. Agradeço a presença dos convidados, do Coral Stela Maria que tão gentilmente veio prestar essa linda homenagem à nossa querida D. Coraci, dos acadêmicos aqui presentes. Agradeço também aos que enviaram suas mensagens e, muito especialmente aos familiares dela, sempre prontos a apoiá-la em tudo. Peço desculpas por estarmos passando por uma reforma de emergência e a casa não estar bonita como deveria.

Nossa presidente de honra lança hoje mais um livro, destinado a deliciar os leitores com seu estilo leve e sua sempre presente jovialidade. Para d. Coraci os anos não se passaram com o peso que normalmente os acompanha. A vida para ela não perdeu o brilho e a intensidade. As emoções não foram caladas em seu peito. A ânsia por participar e contribuir não perdeu sua força. O amor por Paracatu, pelas letras, pelas artes, enfim, pela cultura não se arrefeceu. Essa sempre jovial mulher nos brinda com mais um livro e não para de nos deliciar com suas pinturas tão expressivas e bonitas.

Ler as Reminiscências escritas por Coraci da Silva Neiva Batista nos faz acompanhar a vida de uma mulher muito ativa e produtiva. Com uma escrita atraente ela nos apresenta a vida da cidade de Paracatu, da família mineira, da Academia de Letras que ela dirigiu durante 20 anos, do Estado de Minas e do Brasil, além de mostrar a intensidade com que viveu seus mais de 80 anos. Transparece nas suas crônicas quanto ela estudou, trabalhou, viajou, sempre registrando as impressões e informações de locais e acontecimentos. Seus escritos comprovam a força não apenas dela, mas de muitas mulheres suas contemporâneas.

Ela é do tempo em que o feminino era identificado como “sexo frágil”. Que ironia!!!! Ela e as mulheres que ela retrata nesse livro estão muito distantes desse estereótipo e construíram suas histórias e as de suas famílias com firmeza e destemor, trilhando caminhos próprios, construindo trajetórias reconhecidamente importantes. Não é à toa que ela vem sendo homenageada como personalidade que exerceu influência em diversos setores das atividades da nossa cidade.  A história hoje se mostra atenta a tudo o que foi e é construído pelas mãos, corações e intelectos femininos. D. Coraci é uma dessas personalidades que será imortalizada pela história, pois ela tem atuado decisivamente no campo educacional e cultural de Paracatu, e preparado um rico legado que vai deixar para a posteridade.

Esse livro é parte desse legado e sua leitura vai permitir aos jovens o contato, mesmo que indireto, com um tempo que teimava em submeter mulheres, que por sua vez, dentro das atividades em que eram admitidas, como o campo da educação e da enfermagem - do qual temos aqui também uma representante cuja força não se dissipou ao longo dos seus 101 anos - mansamente subvertiam a ordem, se impunham, se faziam respeitar, assumiam papéis maiores do que os a elas destinados. Essas mulheres construíram o futuro que hoje vivemos. Se hoje votamos, se temos liberdade profissional e sexual, se estamos inseridas no mercado de trabalho, devemos agradecer às mães, professoras e cuidadoras que lapidaram as pedras brutas e as transformaram em pedras preciosas.

A Academia de Letras do Noroeste de Minas agradece a d. Coraci por todo o empenho com que ela se dedicou a dirigi-la. Seus membros reconhecem na senhora a eterna liderança e por isso a agraciaram com o título de Presidente de Honra. Para nós realmente é uma honra pertencer ao mesmo quadro de acadêmicos que a senhora. A senhora nobilitou essa instituição e a transformou nessa referência que ela hoje é. Ocupando o cargo que a senhora por tantos anos exerceu, sinto na pele as dificuldades e desafios que teve que enfrentar. Peço que me transmita um pouco dessa força para que eu leve a cabo meu mandato e mantenha a Academia Viva e participativa. Aproveito para saudar nossos três novos membros. O confrade Isaías, e as confreiras Maria Célia e Eleusa. Sejam bem-vindos ao nosso meio.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

CORACI NEIVA BATISTA LANÇA NOVO LIVRO

A ACADEMIA DE LETRAS DO NOROESTE DE MINAS convida a todos os amantes da literatura para o lançamento de mais um livro da escritora Coraci da Silva Neiva Batista. Não perca!


SAUDAÇÃO DE ZEQUINHA A CORACI


Maria José Gonçalves - Zequinha

Por ser pessoa conhecida, aplaudida e admirada no âmbito da educação, arte e cultura de Paracatu, a Dona Coraci dispensa uma apresentação detalhada da sua pessoa. Aliás, a sua biografia completa consta do recém-lançado livro Memória cultural (2017) de autoria do nosso laureado e querido escritor Antônio de Oliveira Mello, guardião da nossa história.

Quem não conhece Vivências e contrastes (2002) e Voando com o coração (2012), da lavra dessa autora, precisa apreciar a beleza dos textos que ela nos oferece: páginas mensageiras de alegria, otimismo, fé, amor e consideração pela natureza e pelos semelhantes.

Além de registrar a biografia no seu livro, a crítica sincera e favorável de Mello a respeito de Vivências e contrastes assinala: “é uma poesia em prosa, onde filosofa, onde recorda, onde conceitua, onde ensina, onde demonstra tanta coisa bela” ...

Ao prefaciar Voando com o coração, Florival de Assis Ferreira conclui que “só pode vislumbrar o jardim que floresceu à beira do caminho da autora e conhecer o imenso valor do tesouro por ela recolhido e distribuído quem aprender a voar com o coração.”

Tive o prazer e o cuidado de selecionar, a pedido dessa companheira e confidente, discursos, crônicas, prefácios e mensagens para compor o seu terceiro livro: uma promessa de mais beleza, discernimento, filosofia e temas memorialistas sobre a cidade, a família e pedaços da história da Academia de Letras do Noroeste de Minas que ela quer repartir com os apreciadores das boas leituras. Não encontraremos no conteúdo do livro a ordem cronológica dos acontecimentos. Suas Reminiscências “vêm em ondas, como o mar” e a escritora nos esclarece: “Escrevo o que sinto, para eternizar este momento transitório da minha existência.”

Testemunha que sou do seu esforço e determinação para concluir, a tempo, mais um trabalho que reúne notas preciosas dos fatos da cidade e que se dissolveram na névoa do esquecimento, parabenizo essa escritora pela persistência e força de realizar mais um sonho: Reminiscências, para acalentar o coração e embalar saudades.

Estou a lembrar-me que os filhos da Coraci, há seis anos, promoveram uma linda festa de aniversário para ela. Sirvo-me deste espaço, generosamente concedido a mim, para reiterar aquela saudação que continua viva e verdadeira sobre a nossa amizade e trabalhos compartilhados na Academia de Letras. É a minha homenagem para essa pessoa especial que sabe ensinar o sentido da alegria, aceitação, tolerância e perdão.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

VÍDEO DA SEMANA GUIMARÃES ROSA NO YOUTUBE

Com um grande evento cultural, a Academia de Letras do Noroeste de Minas celebrou os 50 Anos do falecimento de Guimarães Rosa. Parte das atividades realizadas foram registradas em vídeo amador, produzido com smartphone. Não perca as imagens dessa festa: oficinas, palestras, teatro e até uma mulada encantaram o público participante.
Assista e divulgue!
Clique AQUI.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

PALMO BIANCHI E HELEN PIMENTEL TOMARAM POSSE NA ACADEMIA

Na noite de 23 de abril, em cerimônia ocorrida na sede da Academia de Letras do Noroeste de Minas, tomaram posse como membros titulares os acadêmicos Palmo Bianchi Neto e Helen Ulhoa Pimentel, respectivamente da Cadeira 17, cujo patrono é Cecílio José Carneiro, e da Cadeira 18, patroneada por Pero Adjucto Botelho. A cerimônia contou com a presença de confrades, familiares e amigos dos dois acadêmicos, sendo dirigida por Márcio José dos Santos, vice-presidente da Academia. O cerimonial foi conduzido pelo acadêmico Tarzan Leão.

Em sua saudação aos presentes, o vice-presidente Márcio Santos discorreu sobre os trabalhos realizados pela atual direção da Academia. Para acessar seu discurso, clique AQUI.

O acadêmico Palmo Bianchi Neto foi apresentado por seu confrade Florival Ferreira, resumindo sua biografia. Para acessar a saudação a Palmo Bianchi, clique AQUI.
Florival Ferreira em sua saudação. Presente à Mesa os acadêmicos Helen Pimentel, Benedita Costa, Márcio Santos, Coraci Batista e Palmo Bianchi.

Após ser saudado pelo seu par, Palmo Bianchi fez a saudação ao patrono da Cadeira 17, o escritor Cecílio José Carneiro, abordando sua vida e obra.

Coube à acadêmica Benedita dos Reis Soares Costa fazer a saudação a Helen Pimentel, traçando suas principais características de pesquisadora e os títulos que obteve ao longo de sua carreira acadêmica e profissional. Para visualizar esta saudação, clique AQUI.

Benedita Costa saúda Helen Pimentel, à direita.

Helen Pimentel fez uma longa saudação ao seu Patrono, o filósofo Pero Adjucto Botelho, apresentado os comentários à sua obra e destacando a sua importância no cenário intelectual brasileiro. Para acessar a saudação de Helen, clique AQUI.

Helen Pimentel saúda o patrono da Cadeira 18, Pero Adjucto Botelho.
Antes que se encerrasse a cerimônia, Helen convidou seu irmão Max Ulhoa para fazer a leitura de um texto elaborado por Isaura Botelho, filha de Pero Botelho, especialmente escrito para a cerimônia de posse. Acesse o texto de Isaura, clicando AQUI.

A cerimônia encerrou-se com um coquetel, dispondo-se os presentes aos abraços e congraçamentos.

Público presente nos momentos que antecederam a cerimônia.



terça-feira, 27 de março de 2018

POSSE DE MÁRCIO SANTOS


Na noite de 23 de março, tomou posse na Academia de Letras do Noroeste de Minas o professor Márcio José dos Santos, que assim assumiu a Cadeira 38, cujo patrono é o distinto médico paracatuense Dr. Joaquim de Moraes Brochado. O evento contou com a participação de membros da Academia, da Superintendente de Ensino Núbia André, do vereador Pedro Adjuto, familiares do homenageado Joaquim Brochado, familiares, amigos e ex-alunos do professor Márcio.

O acadêmico Tarzan Leão de Castro dirigiu o cerimonial do evento.

Presidindo a Mesa, a acadêmica Helen Ulhoa Pimentel, presidente da ALNM, discursou aos presentes.

O acadêmico Florival Ferreira fez a saudação ao recipiendário Márcio Santos.
Em sua saudação ao professor Márcio, Florival leu sua biografia, destacando sua origem familiar, as etapas de sua formação educacional e vida profissional até a chegada em Paracatu, no ano de 1987. Destacou também sua atuação na área educacional como criador, ao lado da professora Walderez, do Colégio Soma e da Faculdade Tecsoma. Foram citadas suas produções científicas e literárias do professor, terminando com a leitura de uma crônica de sua autoria.

Para ver a saudação de Florival Ferreira CLIQUE AQUI.
Para ver a crônica de Márcio Santos CLIQUE AQUI.

No discurso em homenagem ao Dr. Joaquim Brochado, Márcio traçou seu perfil de médico e chefe político local e sua importância para os habitantes de toda a Região Noroeste de Minas, quando, no início do século pássaro, era praticamente o único médico, deslocando-se a pé ou a cavalo para atender as pessoas em locais remotos. Lembrou seus feitos e a admiração e respeito carinhoso que conquistou das pessoas de todas as classes sociais.

"Quando me foi destinada a obrigação de pronunciar um discurso de saudação ao Dr. Joaquim de Moraes Brochado, patrono da Cadeira 38 desta Academia, fiquei preso de um respeito temeroso, por se tratar de alguém que foi, durante décadas, uma das pessoas eminentes de Paracatu, patriarca de uma família de renome.
Por outro lado, também compreendi que não poderia fazer uma saudação neste ambiente, onde a grande maioria dos presentes tem aqui raízes familiares, com relações de parentesco intrincadas, sem que eu me apaixonasse pela figura histórica de Joaquim Brochado. Porém, ao iniciar a pesquisa para discorrer sobre essa figura, fiquei desapontado com os escassos registros, incompatíveis com seu vulto notável na época em que viveu.
Mas foi como uma espécie de reação ao desaparecimento da memória do passado histórico de Paracatu, que cresceu meu interesse pelas pessoas deste lugar. A pesquisa me levou até Unaí, terra de nascimento de Joaquim Brochado, e lá também pude ver o desaparecimento da história daquela cidade, ainda tão jovem.
Parêntese: estamos assistindo não apenas a destruição da paisagem, da vegetação, da água, mas também dos valores intangíveis, comunitários, identitários. É como se viesse um trator nivelando tudo, aterrando tudo, cortando morros e deixando uma paisagem de finitude, como se todo o passado fosse apenas descartável).
A primeira pergunta que me fiz, e que talvez esteve na cabeça de outros, foi: “Por que Joaquim de Moraes Brochado, que não produziu uma única obra literária, de qualquer gênero, é patrono de uma cadeira na Academia de Letras do Noroeste de Minas?” A resposta a esta pergunta surgiu quando compreendi, de maneira bem clara, o papel desta Academia na preservação da memória histórica da Região Noroeste de Minas; quando compreendi que o patrimônio material, que todos admiramos, só tem sentido se o vemos como produto das pessoas que aqui habitaram e imprimiram a ele as marcas de suas vidas."

Para ver a biografia do Dr. Joaquim Brochado CLIQUE AQUI.

A figura humana do homenageado foi também desenhada pela acadêmica Benedita Costa, com suas lembranças bem nítidas do carinho que ele dispensava a sua família, ao tempo em que seu pai era empregado do Dr. Joaquim, o homem mais poderoso de Paracatu.

Para ver o discurso da acadêmica Benedita Costa CLIQUE AQUI.

Produzido especialmente para este evento de posse, o professor Márcio distribuiu e autografou o livreto “Joaquim de Moraes Brochado”, onde recolheu a memória esparsa desta figura ilustre. 

Contra-capa e capa do livreto "Joaquim de Moraes Brochado".
"Minha intenção também é divulgá-lo nas escolas de Paracatu e Unaí, para que nossos educandos tenham consciência de seu legado. Desta maneira, também colaboro com o cumprimento do papel da Academia de Letras, responsável, ao lado de outras instituições, pela preservação do nosso patrimônio histórico. A Academia tem um papel de resgate do passado e de resistência à destruição do seu legado.

Vários escritores e poetas que têm assento nesta Academia de Letras – aqui entre nós estão alguns deles - têm desempenhado o papel de guardadores da memória de Paracatu e região. São dignos de carinho, respeito e admiração porque suas produções retratam a gente, a história, a cultura e a arte das pessoas que aqui viveram e vivem.
Acredito que outros confrades que guardam um acervo de material já escrito, mas não publicado, se animarão a ofertar sua memória e criatividade à nossa sociedade. Caro Florival, por que você está esperando levar ao palco sua peça teatral, se você tem ao lado sua esposa Ruth? A imortalidade será ficção acadêmica se você não publicar sua produção literária e levar ao palco sua peça teatral guardada no baú.
Para finalizar esta Saudação ao Patrono, afirmo que não quis me comportar como alguém que apenas lê uma resumida história, um voyeur que olha o passado com indiferença, despido de emoção. Ao buscar o passado registrado, apreendê-lo e compreendê-lo, eu o fiz como educador. O ato de educar é um ato de amor, na sua verdadeira acepção: dar sem esperar receber em troca, entender, compreender e participar da perspectiva do outro. Por isso, passei a ver o Dr. Joaquim Brochado com muito amor!
Conhecer o patrono me levou a conhecer melhor Paracatu, meu lugar de coração. Ocupo com muita honra a Cadeira 38 da Academia de Letras do Noroeste de Minas, patroneada por Joaquim de Moraes Brochado, cidadão honrado, chefe político respeitado, médico deste sertão."

A Mesa, composta por Pedro Adjuto (vereador, representante da família Brochado), Núbia André (Superintendente de Ensino, Márcio Santos, Helen Pimentel, Florival Ferreira e Benedita dos Reis Costa.
Lucilaine e Keli, secretárias administrativas, são as pessoas que garantem o sucesso dos eventos da Academia de Letras.

A cerimônia foi realizada no pátio da Academia de Letras.
A Secretária da Academia, Benedita dos Reis Costa, leu emocionante depoimento sobre o Dr. Joaquim Brochado, a quem sua família se ligou por laços de amizade.
Os acadêmicos presentes ao evento (da esquerda para a direita): Marcos Spagnuolo, Lavoisier Albernaz, Palmo Bianchi, Helen Pimentel, Márcio Santos, Maria José "Zequinha", Benedita Costa, Tarzan de Castro, Maria Teresa Cambrônio e Florival Ferreira.
Ex-alunos de geologia da FINOM compareceram para prestigiar o prof. Márcio. Da esq. para a direita, Márcia, Augusto, Márcio, Raniele, Luiz Antônio e filho, Jeferson.
Familiares do prof Márcio (da esq. para a direita): Ivan , Adriana e Giselle (enteados); Anamaria Xavier (namorada); Mateus Costa (cunhado), Ana Maria (irmã) e Naiara (sobrinha).
Anamaria Xavier (namorada) e Márcio Santos.
O prof. Márcio recebe os cumprimentos do vereador Pedro Adjuto, bisneto do Dr. Joaquim Brochado.
Distribuição de autógrafos no livreto "Joaquim de Moraes Brochado": acadêmico Lavoisier Albernaz, Ferrer e Fernando (sobrinho do autor).
O engenheiro Max Ulhoa conversa com o acadêmico Lavoisier, durante a seção de autógrafos.
A jornalista Uldicéia Kaiowá, do jornal O Lábaro, posa ao lado do prof. Márcio.

Em primeiro plano e de costas, à esquerda e à direita, o casal Édina Sueli e Cirano Brochado (neto de Joaquim Brochado); ao centro, Lilia (nora de Joaquim Brochado) em conversa com Anamaria Xavier e Márcio Santos, em segundo plano.